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YouTube realiza encontro com mulheres para debater equidade de gênero, inteligência artificial e acessibilidade

Presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia esteve presente e falou sobre o uso de tecnologia no judiciário e dos esforços do Tribunal para combater desinformação nas eleições de 2024

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Como parte dos esforços do YouTube para promover conversas sobre como proteger e empoderar mulheres, a plataforma de vídeos realizou hoje, 6/9, no escritório do Google em Belo Horizonte, um encontro sobre inteligência artificial e questões de gênero, com a presença da ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia. O evento reuniu mulheres do poder público, academia, engenharia, empreendedorismo e sociedade civil, que debateram sobre os desafios da evolução tecnológica atrelada à proteção de direitos, da participação feminina na construção de modelos de linguagem e das possibilidades que a tecnologia traz para a acessibilidade e inclusão.

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Em sua participação, a ministra Cármen Lúcia destacou a desigualdade na representatividade de mulheres em diversas esferas da sociedade, assim como no próprio judiciário. De acordo com um relatório do Conselho Nacional de Justica, o Poder Judiciário brasileiro é composto em sua maioria por magistrados do sexo masculino, com apenas 38,8% de magistradas em atividade. Esse número cai para 19,6% ao considerar somente aquelas atuando em Tribunais Superiores. Atualmente, Cármen Lúcia é a única mulher a ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.

Cármen Lúcia também falou sobre o uso de inteligência artificial no TSE, Tribunal que atualmente preside, e o desenvolvimento da IA Letícia. Ela ainda destacou que a tecnologia pode permitir formas de acessibilidade muito maiores, e que os algoritmos precisam ser trabalhados para apoiar os processos administrativos e não decisórios.“Não quero um judiciário sem seres humanos,” concluiu. Há 30 dias da eleição municipal de 2024, a ministra também detalhou os esforços do Tribunal para combater desinformação e deep fakes.

O encontro, apenas para mulheres, faz parte do projeto Substantivo Feminino, plataforma do YouTube para gerar conversas sobre equidade de gênero e temas relevantes da sociedade. "A missão do YouTube é dar voz a todos e mostrá-las ao mundo. Entendemos que essas vozes nem sempre encontram as mesmas oportunidades e espaços, por isso fomentamos o debate sobre como podemos coletivamente avançar. A inteligência artificial vai transformar das mais diversas formas as nossas vidas e queremos garantir que seja usada com responsabilidade e que possa destravar o potencial criativo e diminuir as desigualdades", comenta Alana Rizzo, Head de Políticas Públicas do YouTube no Brasil.

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Também participaram das discussões Dora Kaufman, professora da PUC-SP e especialista em Inteligência Artificial, Luana Génot, fundadora e diretora executiva do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), além de outras pesquisadoras e especialistas de renome em suas áreas de atuação. O evento teve o apoio do W20, grupo de engajamento das mulheres do G20.

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