Não é surpresa que os desafios da saúde mental têm sido uma preocupação crescente durante a pandemia. A COVID-19 afetou consideravelmente o bem-estar mental do mundo inteiro, com uma incidência crescente de problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão, estresse e até mesmo uso de substâncias e automutilação. De acordo com a Kaiser Family Foundation, durante a pandemia, cerca de quatro em cada 10 adultos nos Estados Unidos relataram sintomas de ansiedade ou transtorno depressivo.
Problemas de saúde mental podem causar debilitação e isolamento, deixando você sem saber para quem recorrer ou se sentindo como se ninguém pudesse entender o que você está passando. A possibilidade de pedir ajuda e expor experiências muito pessoais pode aumentar a angústia no momento em que a pessoa mais precisa de ajuda.
Por isso é tão importante transmitir a mais pessoas a mensagem de que elas não são sozinhas, e que se você estiver se sentindo deprimido, solitário ou em crise, tem alguém do outro lado do telefone com quem você pode conversar.”
Como conselheira voluntária na Linha Direta de saúde mental, meu trabalho me fez ver em primeira mão. No ano passado, o volume de ligações para o nosso centro aumentou conforme as pessoas procuravam ajuda para lidar com a situação. E, sem dúvidas, há muito mais pessoas que precisam de ajuda mas não sabem para onde recorrer. Por isso é tão importante transmitir a mais pessoas a mensagem de que elas não são sozinhas, e que se você estiver se sentindo deprimido, solitário ou em crise, tem alguém do outro lado do telefone com quem você pode conversar.
No YouTube, minha equipe cria produtos que ajudam os espectadores a explorar suas dúvidas de saúde e interesses on-line, descobrindo conteúdo de vídeo de confiança e envolvente. O YouTube exibe painéis de recursos para crises em consultas de pesquisa sensíveis há muitos anos, a fim de conectar pessoas diretamente a organizações locais, livres e confidenciais, ajudando-as a passar por um momento de extrema necessidade. Como conselheira voluntária, vi diversas vezes que pegar o telefone e pedir ajuda pode ser difícil e assustador. Queremos entender se há formas de facilitar esse processo e dizer aos espectadores que não tem problema pedir ajuda, porque todos precisamos de apoio de vez em quando. Fizemos diversas atualizações em nossos painéis de apoio em emergências para nos conectarmos com as pessoas de maneira mais eficiente, que serão lançados nas próximas semanas.
Como aumentar a visibilidade dos painéis de recursos para crises
Lembro de, na infância, ver números de linhas diretas nas portas de banheiros públicos e em estações de ônibus. Avançamos muito desde então, e muitos desses espaços públicos se tornaram on-line, principalmente durante a pandemia. Por isso, é na internet que devemos encontrar as pessoas.
Antigamente, os painéis de recursos para crises do YouTube apareciam somente nos resultados de pesquisa. Agora, estamos expandindo para que apareçam na página de exibição também, abaixo do título do vídeo. A página de exibição é onde as pessoas passam a maior parte do tempo no YouTube, o que significa um aumento significativo na visibilidade dessas mensagens. Os painéis aparecem na página de exibição abaixo dos vídeos com conteúdo de suicídio e automutilação, entregando uma combinação poderosa de conteúdo educacional e emocionalmente relevante, junto com prompts para tomar medidas, se necessário.
Normalize buscar ajuda
Todos precisam de ajuda de vez em quando. Queremos garantir que a linguagem e o design de nossos painéis reflitam isso. A nova linguagem enfatiza que o atendimento não tem custos, é confidencial e está disponível 24 horas, além de oferecer recursos para ligar ou conversar por chat com uma linha de suporte local.
Criadores de conteúdo são vozes importantes na conversa sobre saúde mental, seja compartilhando histórias pessoais sobre como lidar com doenças mentais ou ajudando a normalizar a conversa e a procura de ajuda. Damos espaço aos criadores para conversar sobre esses assuntos. No entanto, não permitimos e removemos conteúdo no YouTube que promova suicídio, automutilação ou tenha a intenção de chocar ou causar repulsa nos usuários.
Como aparecer em meio a temas muito variados
Antigamente, os painéis de recursos para crises do YouTube apareciam ao lado de pesquisas relacionadas a suicídio e automutilação. No entanto, o suporte à saúde mental e bem-estar dos espectadores vai muito além desses problemas. Na verdade, problemas como ansiedade e depressão são incrivelmente comuns, e mais de 50% dos norte-americanos terão algum tipo de transtorno de saúde mental durante a vida. Para atender a essa necessidade, expandimos recentemente nos EUA os temas que exibem recursos para crises nos resultados de pesquisa do YouTube para questões como depressão, assédio sexual, abuso de substâncias e transtornos alimentares. Estamos trabalhando para lançar essas mudanças no Brasil e outros países nos próximos meses. Acreditamos que conectar os espectadores a esses recursos é muito importante para lidar com questões de saúde mental.
O YouTube sempre foi o lugar ideal para conectar pessoas por meio de experiências compartilhadas. Também é um lugar para aprender e tirar dúvidas.”
O YouTube sempre foi o lugar ideal para conectar pessoas por meio de experiências compartilhadas. Também é um lugar para aprender e tirar dúvidas. É por isso que a saúde mental é parte essencial da nossa missão. Queremos que você consiga encontrar as informações que precisa quando precisar, seja um suporte imediato em uma crise, um conteúdo educacional sobre sua condição ou estratégias a longo prazo para lidar com ela e histórias pessoais de terceiros.
Lidar com depressão, ansiedade e abuso de substâncias pode ser solitário, independentemente de você estar vivendo esses desafios ou ajudando um ente querido. Você não está só. Se você ou um ente querido estiver passando por dificuldades, há ajuda disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.
No Brasil, você pode falar com a Centro de Valorização da Vida pelo telefone 188 ou usando o serviço de chat na Web. As ligações e os chats são gratuitos e confidenciais.
Fora do Brasil, acesse o site da Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio (IASP, na sigla em inglês) para encontrar um centro de ajuda próximo a você.