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Encontrando os pacientes quando e onde eles precisam

Como o acesso a informação médica de qualidade pode ser um determinante de saúde

Por muito tempo, o papel do paciente foi marcado pela passividade na interação com médicos e o sistema de saúde. Provavelmente porque, historicamente, o conhecimento médico era restrito aos pequenos círculos de quem estudava a Medicina.

Já faz um tempo que isso tem mudado. E não é surpresa: três revoluções industriais ocorreram no mundo. Estamos na quarta delas, que faz com que tecnologias que eram disponíveis apenas para grandes corporações fiquem cada vez mais acessíveis, catalisando o processo de transformação digital em todos os setores e esferas.

Só nos smartphones nos nossos bolsos temos mais poder computacional do que os computadores da NASA que levaram o homem à Lua na década de 1960. As notícias e informações chegam às nossas mãos em questão de segundos. 24 horas por dia e sete dias por semana.

Se essas ferramentas transformam a vida de todos nós, é natural que essas transformações também incluam nossa relação com a saúde. Porque a tecnologia e a conectividade fazem com que os pacientes comecem a ter acesso à informação que antes só estava disponível dentro do consultório, hospital ou na torre de marfim da medicina.

82% de nossa população adulta conectada recorre aos conteúdos do YouTube para se informar sobre saúde. Desses, 77% buscam a ferramenta para entender melhor um diagnóstico depois de passar por consulta médica.”

Acesso a informação sobre saúde

Não foi de se estranhar que a postura passiva dos pacientes começasse a se transformar em um desejo por maior conhecimento e protagonismo em relação à própria saúde. Afinal, como eles não têm acesso a um profissional da saúde toda vez que têm uma dúvida, foi natural que começassem a fazer uso das ferramentas que estão, literalmente, em suas mãos para buscar essas informações: os smartphones e, com eles, as plataformas digitais.

Aqui no Brasil, uma pesquisa realizada em outubro de 2022 pelo YouTube em parceria com o Instituto de Pesquisa Quantas*, mostrou que 82% de nossa população adulta conectada recorre aos conteúdos da plataforma para se informar sobre saúde. Desses, 77% buscam a ferramenta para entender melhor um diagnóstico depois de passar por consulta médica e 67% a utilizam quando não estão se sentindo bem.

Só que aqui surge uma questão: por mais que os pacientes tenham acesso à informação, eles, muitas vezes, não foram treinados para fazer a curadoria dela. Não foram capacitados para ler e interpretar estudos científicos e desconhecem os critérios da Medicina Baseada em Evidências. A Organização Mundial de Saúde e o Escritório do Cirurgião Geral dos Estados Unidos, inclusive, já definiram as "fake news" e desinformação como um dos principais problemas de saúde de nossa geração.

Nossa abordagem responsável

Esse é um relevante desafio enfrentado pelo YouTube. A pandemia de COVID-19 foi um importante exercício da capacidade de resposta a crises para proteger a comunidade de usuários da plataforma.

Desde 2020, foram realizadas diversas atualizações nas políticas do YouTube com o objetivo de combater a desinformação sobre o coronavírus tendo como base o consenso de especialistas de organizações de saúde como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos). Esse processo incluiu atualizar as regras do tipo de conteúdo permitido ou não na plataforma, de maneira que elas possibilitassem a remoção de material capaz de promover desinformação sobre tratamento, prevenção, diagnóstico, transmissão e sobre a própria existência da COVID-19.

Além disso, em 2022, a plataforma anunciou duas novas maneiras de exibir informações de saúde confiáveis e relevantes para os brasileiros: painéis de informações de fontes de saúde nos vídeos, para ajudar os espectadores a identificar videos de fontes confiáveis com mais contexto, e seções de conteúdo de saúde, que destacam vídeos dessas fontes com mais eficiência quando alguns tópicos de saúde específicos são buscados."

Sobre esse processo de busca por informações de saúde, 85% dos usuários afirmaram que consideram uma fonte segura quando é recomendada por um médicos e 82% se sentem seguros quando o médico informa suas credenciais. Além disso, 88% desta população nunca confia em uma fonte só, mas 86% voltam para uma mesma fonte quando gostam da mesma.

Novas portas se abrem

Começa a surgir, aqui, uma grande oportunidade: a de perceber que nosso cuidado ultrapassa os limites do consultório e do hospital. E que, nesse cenário, ajudar os pacientes a encontrarem na plataforma informações que sejam relevantes, de alta qualidade e fáceis de entender começa a se tornar uma habilidade a ser desenvolvida por médicos e outros profissionais de saúde. Afinal, o acesso à informação de qualidade também é um determinante de saúde, na esfera individual e populacional.

“Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes”. Esse é um dos principais mandamentos do juramento de Hipócrates. É hora de percebermos que, no século XXI, as portas pelas quais entramos já não são mais as mesmas.


*Fonte: Pesquisa realizada pelo Youtube em parceria com o Instituto de Pesquisa Quantas em outubro de 2022. Foram realizadas 1959 entrevistas com pessoas acima de 18 anos com acesso regular à internet.