Histórias de Criadores e Artistas
14 Out, 2022 [[read-time]] minutos de leitura
15 de outubro, é o Dia do Professor no Brasil e dia 5 o dia Mundial, comemorados anualmente para homenagear todos os educadores e celebrar o impacto diário que eles exercem nos estudantes do mundo todo. Pedimos a alguns educadores que refletissem sobre o papel que o YouTube desempenha na capacidade deles de oferecer melhores experiências de aprendizado para um maior número de estudantes.
Em 2013, quando cinco estudantes da educadora Pamba não tinham condições de frequentar os cursos preparatórios presenciais dela, sua ideia inicial era enviar as aulas para eles usando um pen drive. Em vez disso, o marido dela sugeriu a criação de um canal no YouTube para que ela pudesse compartilhar os links com os estudantes. Nove anos depois, Pamba ensina redação e gramática da língua portuguesa para quase 2 milhões de inscritos no canal Redação e Gramática Zica.
Do outro lado do mundo, no Japão, Haichi era educador em uma "cram school", curso de preparação para testes que costuma ser acessível apenas a família de classe média a alta. Para ele, estava claro que a situação financeira afetava a educação e que "a diferença de renda levava a uma disparidade educacional". Então, Haichi começou a postar aulas em seu canal do YouTube como uma maneira de ensinar os estudantes que não podiam pagar.
Halfway across the world in Japan, Haichi was a teacher at a “cram school,” or test-prep class typically reserved for middle-to upper-class families. He knew the impact financial implications had on education and that “income disparity leads to educational disparity.” So he began posting classes on his YouTube channel as a way to teach students who could otherwise not afford it.
Para a dupla mexicana Maria Gonzalez e Alejandro Andalón, foram os obstáculos geográficos que impulsionaram o canal math2me.
Em 2009, como professor de matemática do ensino médio em Tijuana, México, Alejandro queria ajudar um grupo de estudantes a se preparar para uma olimpíada de matemática. Porém, como os estudantes estavam espalhados pelo estado de Baja California, era difícil reunir todos pessoalmente. Portanto, para eliminar fronteiras e alcançar os estudantes mais necessitados, ele se juntou a Maria, e os dois começaram a fazer upload de vídeos no YouTube.
Essa mesma paixão pela globalização é o que move Jacob Mitchell, um EduTuber do Reino Unido. "Quero transformar o mundo em minha sala de aula", afirma. No canal MC Grammar,, Jacob ensina usando o poder da música, fazendo raps e criando rimas originais, o que torna o aprendizado interessante e inesquecível. "Graças ao YouTube, agora posso me conectar com o público ao toque de um botão e levar meus raps, rimas e músicas em uma turnê mundial todos os dias."
Mesmo assim, após 10 anos trabalhando na educação primária, Jacob admite que dizer adeus à sala de aula e às interações diárias com os estudantes foi uma das decisões mais difíceis que teve de tomar. Mas foi o impacto dos canais educativos que manteve a motivação do professor britânico e dos outros EduTubers.
"Logo depois de enviar os links para aqueles cinco estudantes, percebi que as aulas atingiram centenas de milhares de visualizações", conta Pamba.
"Os comentários vieram de estudantes de várias partes do México e até do mundo", lembra Maria.
"Comecei a ver os estudantes escreverem coisas como 'minhas notas melhoraram' e 'passei na faculdade que eu queria'", revela Haichi.
“As escolas, no formato que conhecemos hoje, vão ser ainda mais influenciadas pela tecnologia, porque as próximas gerações de estudantes já têm uma inclinação digital natural”
Professora Pamba
Esse tipo de feedback foi uma das muitas razões que influenciaram nossas atualizações mais recentes para tornar o conteúdo educacional ainda mais acessível a estudantes e, ao mesmo tempo, ajudar os criadores de conteúdo a crescer no YouTube.
De olho no futuro, a educadora Pamba acredita que essa é a evolução natural da educação. "As escolas, no formato que conhecemos hoje, vão ser ainda mais influenciadas pela tecnologia, porque as próximas gerações de estudantes já têm uma inclinação digital natural", afirma. Mais especificamente, ela prevê a inclusão natural do YouTube nas escolas. Seja usando vídeos de forma síncrona, para envolver uma sala de aula inteira, ou de forma assíncrona, para atender às necessidades de um estudante individual.
Esse cenário já é quase uma realidade nos EUA, onde 96% dos professores que usam o YouTube dizem incluir conteúdo da plataforma em suas aulas. Outros, como Haichi, têm uma visão mais ampla. "Meu sonho é levar o aprendizado no YouTube ao mesmo nível do oferecido por escolas e cursinhos, fazendo dele o terceiro pilar de apoio à educação", coloca. "Vejo um futuro em que a pergunta 'com qual vídeo você está estudando?' seja tão comum quanto 'qual cursinho você faz?'"
Agradecemos a esses quatro educadores e aos professores de todo o mundo por facilitar o aprendizado dos estudantes, para que eles possam ir mais longe dentro e fora da sala de aula.